O Pix está a cada dia aumentando seu portfólio de facilidades para os brasileiros. Com ele já era possível realizar pagamentos, fazer transferências e saques e receber “troco”. Além disso, funcionalidades como usá-lo com cartão de crédito também entraram no roteiro das financeiras. Porém, agora seus recursos foram mais além, sendo permitido em alguns bancos fazer um Pix parcelado.
Essa modalidade é destinada a quem necessita realizar um pagamento ou transferência mas está sem dinheiro na conta. Assim, o banco empresta dinheiro ao cliente e realiza a cobrança em parcelas de até 24x. É claro, há uma taxa de juros envolvida, entre 2,09% e 3,99% nas três instituições que oferecem o serviço até o momento. Contudo, em comparação com a taxa média de juros do cheque especial, de 7,85% ao mês, parece vantajoso.
As regras que vão determinar o funcionamento dessa nova função ainda não foram estabelecidas pelo Banco Central, o que deve acontecer no segundo semestre de 2022. Ainda assim, a ferramenta já está disponibilizada nas carteiras de serviços do Santander, do Mercado Pago e do PicPay para quem já tenha uma linha de crédito pré-aprovada.
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Como funciona o Pix parcelado?
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O Pix parcelado é a possibilidade de o cliente realizar um Pix sem ter dinheiro na conta. Assim, toma dinheiro do banco emprestado e o paga parceladamente a ele. De imediato, é possível destacar a vantagem nas taxas em comparação ao cheque especial e ao cartão de crédito.
| Operação | Taxa |
| Pix Parcelado | 2,09% – 3,99% ao mês |
| Cheque especial | 7,85% ao mês (média) |
| Cartão de crédito | 172,5% ao ano (média) |
O valor utilizado pode ser pago em até 24x, sendo possível contratar esse tipo de operação a partir de R$10. Essa é uma vantagem para quem precisa de dinheiro rápido sem ter a burocracia das contratações de empréstimo pessoal ou a necessidade de pedir dinheiro emprestado. Porque tudo é feito pelo aplicativo de internet banking das empresas que disponibilizam o serviço até o momento.
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No caso do destinatário, o valor é recebido integral e instantaneamente. Ou seja, a mesma lógica do cartão de crédito a juros, porém a mais baixos. Mas, os especialistas alertam que há uma diferença primordial nos contratos disponibilizados: se não pagar a fatura do cartão, o cliente paga os juros; se não o fizer no parcelamento do Pix, incidem taxas sobre o valor.
No fim das contas, acaba parecendo mais com uma linha de crédito normal, do tipo cheque especial ou empréstimo bancário. Porém, o que acontece de diferente é a eliminação de tarefas para que o dinheiro chegue ao seu destino final, pois o Pix já cumpre essa função. Assim, o pagador se desonera de receber o valor e depois transferi-lo a quem deva recebê-lo.
Quais bancos oferecem o Pix parcelado?
Até o momento, três inistituições financeiras oferecem a facilidade. Confira as taxas de cada uma delas e o prazo para pagamento do crédito tomado:
Quando ele pode ser vantajoso
Especialistas como Thiago Martello, educador financeiro da Martello, alertam para o fato de que necessitar tomar crédito sempre deve acender um sinal de alerta no radar de problemas financeiros pessoais da pessoa, qualquer que seja a modalidade. Isso, pois essa forma de lidar com os gastos pode implicar em uma bola de neve difícil de controlar quando se perde o controle dela. Ainda assim, há casos e casos!
Carlos Castro, planejador financeiro pela Planejar, explica que em determinadas situações a calculadora pode favorecer a contratação do Pix parcelado, e ela é indispensável. Veja, por exemplo, a seguinte situação:
Para comprar um determinado bem, são necessários R$1.000, mas que à vista ele saia por R$900. Nesse caso, um Pix parcelado à taxa de 2,09% ao mês (a mais baixa do mercado) tem taxa no período de 6,40%, o que custaria ao final R$958 ao cliente. Ou seja, usando a calculadora, essa operação ainda assim garantiria R$42 de desconto sobre o valor total do produto.
Mas, cabe um superalerta para o risco!
Para realizar uma contratação de Pix parcelado, é preciso ter um bom planejamento financeiro para ter certeza de que as parcelas conseguirão ser pagas. Isso, pois a forma de cobrança pode implicar em juros ou taxas adicionais, a depender de com quem você contrata. Veja os seguintes dados e a forma de cobrança de cada uma das instituições financeiras:
- Mercado Pago: o valor é debitado diretamente da conta corrente
- Santander: o valor é debitado diretamente da conta corrente
- PicPay: o valor é faturado no cartão de crédito
Portanto, é bom estar atento! Caso não se consiga arcar com os custos do parcelamento, novas cobranças vão surgir. Nos dois primeiros, as do cheque especial da conta corrente. No último, as dos juros do cartão de crédito. E aqui está o risco em dobro de endividamento!
Então, para usar do Pix parcelado, é preciso ter a mesma prudência que se tem ao tomar qualquer linha de crédito: planejamento e calculadora são indispensáveis para saber que se dá conta do gasto mensal extra!
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