O mercado de máquinas de cartão passou por algumas transformações nos últimos anos. Além do aumento no número dos clientes, é preciso considerar os avanços tecnológicos e a concorrência. Há quem se refira a esse período como “a guerra das maquininhas”.
Mas, afinal, depois de tanta mudança, é possível apontar uma como a máquina de cartão com menor taxa? Continue lendo este artigo para descobrir!
A “guerra das maquininhas”
O nome “guerra das maquininhas” serve para retratar a concorrência acirrada que existe no mercado brasileiro.
Diferentes empresas estão em uma disputa constante para tentar conquistar mais espaço. Além do espaço clássico, que é a preferência de empresários e lojistas de empresas de porte considerável, existe outro, o espaço entre artesãos, freelancers e empreendedores de pequeno porte de maneira geral.
Outro fator importante para analisar a guerra das maquininhas é o Google.
A quantidade de vezes que o nome de cada empresa é pesquisada no site de buscas é um indicativo forte. Quanto mais uma empresa de maquininha é buscada, maior o interesse dos consumidores nela. Assim é possível entender um pouco mais sobre o andamento dessa disputa.
Incentivo a concorrência
Em 2009 o Banco Central passou a incentivar a concorrência na área de meios de pagamentos. Assim, aumentaram o acesso de novas adquirentes às principais bandeiras atuando no mercado. Adquirentes, no caso, são as empresas de maquininha.
De 2007 a 2012
Nesse período, as principais empresas ainda eram a Cielo e a Rede.
Mesmo com a mudança de 2009, durante alguns anos ainda era muito difícil encontrar maquininhas de outras marcas. Isso só começou a mudar em 2012, conforme a PagSeguro começou a crescer em importância.
De 2013 a 2017
Durante quase meia décadas acompanhamos a virada de jogo da PagSeguro. Sua popularização ocorreu principalmente pela decisão de facilitar o acesso de maquininhas para os pequenos negócios.
Mas isso era apenas o começo da mudança.
De 2017 em diante
Com o sucesso da estratégia do PagSeguro, muitas empresas começaram a se mexer. Cielo e Rede, que já estavam consolidadas no mercado, precisaram se reinventar. Outras empresas, que até então não estavam na disputa, também entraram no mercado.
Com tantas empresas disputando, as condições ficaram melhores. Primeiro, porque as maquininhas estão com recursos tecnológicos cada vez mais avançados. Além disso, graças à concorrência as taxas de juros e as condições de prazo seguem melhorando.
Lista de adquirentes
Adquirente, como já mencionamos, é um jeito formal de se referir as empresas de máquinas de cartão de crédito.
Acompanhe a lista de algumas empresas disponíveis no Brasil. Organizamos em ordem alfabética diversas opções para você conhecer.
- ADIQ;
- Adyen;
- Akatus;
- C6Pay;
- Cielo;
- Elavon;
- First Data;
- GetNet;
- Global Payments;
- InfinitePay;
- iZettle;
- Mercado Pago;
- Moip;
- PagSeguro;
- Paypal;
- Rede;
- SafraPay;
- Stone (Ton);
- SumUp;
- Vero;
- WorldPay.
Como funcionam as máquinas de cartão
A máquina de cartão é um dispositivo que faz a leitura de cartões e a transmissão de dados. Parece simples, mas pode ficar complicado.
Para se ter uma ideia, esses dados transmitidos têm quatro destinos diferentes.
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- Cliente: quem passou o cartão;
- Estabelecimento: quem recebe o pagamento;
- Adquirente: a empresa da maquininha;
- Operadora: a bandeira do cartão.
A transmissão também pode ocorrer de diferentes formas, dependendo da maquininha. Enquanto algumas precisam ficar conectadas a cabos de ethernet, outras já funcionam com sinal 4G.
Etapas da transação
Independente do modelo e da tecnologia, as etapas de funcionamento de uma maquininha são praticamente as mesmas.
- Leitura: a maquininha faz a leitura do cartão. Isso pode acontecer através da tarja, do chip, por aproximação ou outros métodos.
- Validação: depois da leitura, a maquininha se conecta com a operadora para conferir se existe saldo ou limite suficiente. Nessa etapa a maquininha também pode identificar um cartão roubado, por exemplo.
- Transação: depois de validar o usuário, a transação é aprovada.
Vale lembrar que toda essa comunicação é criptografada. Ou seja, tudo o que você faz é seguro e nenhum aparelho armazena dados de ninguém.
Detalhes das maquininhas
Preparamos uma lista de detalhes importantes para você prestar atenção quando for escolher sua maquininha.
- Conexão: se é 3G, 4G, por telefone, WI-FI ou se aceita cabo ethernet;
- Garantia: alguns modelos podem ter garantia menor do que outros (ou até não ter);
- Contactless: se aceita o cartão por aproximação com tecnologia NFC;
- Duração da bateria: parece bobo, mas ninguém quer perder uma venda por estar sem bateria;
- Impressora: algumas máquinas, ao invés de imprimir, enviam comprovante por SMS;
- Suporte técnico: assistência 24 horas pode ser importante para quem trabalha fora do horário comercial;
- Pix :sim, algumas máquinas mais novas fazem venda por Pix;
- Relatório: alguns modelos geram relatórios de venda automaticamente;
- QR Code: leitor para aqueles códigos quadriculados;
- TEF : integração com o sistema de Transferência Eletrônica de Fundos.
Qual a máquina de cartão com menor taxa
Antes de responder essa pergunta, é necessário entender como funcionam as taxas cobradas pelas maquininhas. Além dos tipos de taxa, é muito importante saber que cada empresa pode cobrar taxas diferentes. Ou seja, pode ser que exista uma máquina de cartão com menor taxa para cada um dos itens diferentes.
Tipos de taxa
Agora vamos falar sobre as diferentes taxas que uma máquina de cartão pode cobrar.
Preço da maquinha
O preço do equipamento não é uma taxa, mas precisa ser considerado. Até porque existem diversas maquininhas muito baratas e outras extremamente caras. Enquanto as mais simples podem ser encontradas por menos de R$ 100, as mais caras custam cerca de R$ 1.000.
Adesão
Algumas empresas não cobram essa taxa. Outras cobram apenas dos clientes que preferem alugar uma máquina a comprar. É uma taxa única cobrada para dar início as operações de um cliente novo. Essa taxa pode cobrir frete e instalação, por exemplo.
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Transação
Essa taxa é cobrada em cada venda feita pela maquininha, independente de ser no crédito ou no débito. A diferença, no caso, é no valor da taxa.
O débito sempre tem condições melhores, e varia em torno de 2%.
Já o crédito costuma oferecer taxas maiores, que costumam variar próximas de 4%.
Parcelamento
A taxa de parcelamento, como o nome sugere, é cobrada apenas sobre compras parceladas.
Algumas adquirentes cobram uma taxa única adicional além da taxa padrão de crédito. Outras cobram uma taxa progressiva. Ou seja, quanto mais parcelas tiver a compra, maior vai ficando a taxa de cada mês.
Antecipação
A taxa de antecipação é cobrada quando o estabelecimento prefere antecipar o recebimento do valor.
Isso acontece porque o padrão de pagamento leva em consideração o prazo. Ou seja, o cliente só vai realmente pagar por aquela compra depois de vários dias, quando fechar a fatura do cartão. Então, se o estabelecimento quiser receber o valor antes desse prazo padrão, precisa arcar com essa taxa adicional.
As melhores taxas costumam ser para quem aceita receber apenas depois de 30 dias. Mas dependendo do plano com a adquirente, esse recebimento pode ser em 14 dias ou até no mesmo dia. As taxas costumam variar de acordo com esse prazo. Quanto mais cedo for o recebimento, mais caro fica.
E a máquina de cartão com menor taxa?
Como falamos, as taxas podem variar de acordo com a adquirente, que é a empresa que fornece a maquininha.
Além disso, cada modelo de maquininha pode ter taxas diferentes, mesmo pertencendo a mesma empresa. Isso pode acontecer quando uma empresa prefere vender algum tipo de maquininha específica e oferece planos especiais.
Outro fator importante é o tempo. A cada mês novas promoções podem surgir e muitos planos podem mudar de valor. Esse mercado, graças a competitividade, é extremamente volátil.
Dessa forma, qualquer tentativa de resposta sobre as menores taxas correria o risco de ficar desatualizada em pouco tempo. O lado positivo é que agora você já tem uma lista de empresas para pesquisar. Além disso, também pode consultar a lista de características para decidir o que a sua maquininha deve ter.
E quem ganhou a guerra das maquininhas?
Enquanto em termos de mercado é impossível afirmar que uma empresa é superior a outra, nossa conclusão acaba nos levando para outro aspecto.
Quem ganhou a guerra das maquininhas na verdade foram os clientes!
A concorrência serviu para melhorar os serviços e diminuir as taxas. Além de ser vantajoso para os estabelecimentos, os benefícios também afetam os consumidores que, por consequência, acabam pagando menos.
Esperamos que você tenha gostado de entender mais sobre as maquininhas de cartão.
Se você conhece alguém interessado em adquirir uma máquina de cartão, compartilhe este artigo!
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